Sono dos Gêmeos

O sono dos bebês é um mistério difícil de desvendar.

No caso de bebês gêmeos então, a dificuldade mais do que dobra.

Quando Isabela e Laura eram recém nascidas, por um bom tempo, não consegui coordenar o horário das duas para organizar melhor nossa rotina diária (já contei dessa fase meio maluca da nossa rotina aqui). A coisa ia acontecendo e variando conforme a necessidade de cada uma delas no momento, no dia, na hora…

E a mãe, como ficava? Um caco mesmo. #maternidadereal

Nesse início, Isabela ficava mais tempo acordada e tinha maior necessidade de mamar do que Laura, que dormia bem mais. Acontecia com uma freqüência maior do que eu gostaria de Isabela passar um tempão acordada e, quando conseguia fazê-la dormir, Laura, que estava dormindo, acordava. Ou seja, não havia descanso, emendávamos os cuidados de uma bebê com a outra e assim sucessivamente (até que uma santa alma chegava em casa e eu fugia para o banheiro, o esconderijo materno oficial).

Com o tempo, o horário das meninas foi se ajustando melhor.

Quando elas estavam próximas de completar seis meses, passaram a dormir e acordar em horários próximos, o que permitia ter alguma programação da rotina do dia. Nessa fase, tiravam dois cochilos durante o dia, um pela manhã e outro a tarde, cada um com duração aproximada de 1h a 1h30; o sono noturno, bem, esse tinha muitas interrupções, muitas mesmo.

Foi depois da introdução alimentar que uma rotina se estabeleceu melhor. O cochilo da manhã passou a acontecer até as 10h30, após o que elas acordavam para almoçar, brincavam, lanchavam e dormiam de novo por volta de 16h da tarde. Quando acordavam dessa última soneca, já começávamos a nossa rotina noturna, com jantar, banho, brincadeiras calmas ou leitura, até a hora de dormir.

O horário de dormir a noite, apesar das minhas tentativas constantes de colocá-las na cama na mesma hora, era muito variável. Laura sempre dormia primeiro, entre 21h e 22h. Isabela, 1h depois no mínimo.

Era bastante cansativo, porque o processo só terminava quando a última dormia e isso poderia levar mais de 2h.

O horário de acordar pela manhã era próximo, mas não exatamente igual. Normalmente Isabela acordava antes e Laura dormia um pouco mais (isso se inverteu com o tempo; hoje em dia, Isabela dorme mais tempo que Laura, que acorda com as galinhas!).

Após um ano, percebemos que a soneca da manhã estava prejudicando a rotina das meninas: o horário do almoço ficava tarde, a soneca da tarde ia para mais tarde ainda e a rotina da noite atrasava.

Quando Isabela e Laura tinham por volta de um ano e meio, tiramos a soneca da manhã e elas passaram a dormir apenas uma vez no dia, após o almoço. No nosso caso, foi o tempo certo para isso porque não houve prejuízo ao bem estar das meninas pela manhã e nos permitiu reordenar a rotina diária.

Até hoje, aos três anos de idade, as meninas dormem todos os dias após o almoço.

Com o início na escolinha, o horário da soneca, que não era rigoroso, embora sempre fosse após o almoço, foi antecipado. Procuramos dar o almoço para Isabela e Laura mais cedo para que elas tenham tempo de dormir antes de ir à escola. Insistimos nessa soneca porque percebemos que ela faz falta para as duas ao final do dia: quando não dormem à tarde, elas ficam excessivamente cansadas e todas as atividades que precisamos fazer ao final do dia ficam muito penosas, porque elas estão mais sensíveis, chorosas e pouquíssimo colaborativas.

Aos finais de semana, quando a rotina não precisa ser xiita, ainda assim procuramos manter uma soneca na parte da tarde (em um horário que não prejudique o sono da noite!). Quando não dormem durante o dia, tentamos colocá-las na cama mais cedo a noite, antes de totalmente vencido seu “prazo de validade”, para o bem geral da nação. rs

Com relação ao sono da noite, sempre foi um ponto inconstante nas nossas vidas. Não sou feliz em dizer isso, mas confesso que Isabela e Laura ainda acordam um bocado a noite. No início, até os dois anos, cada uma acordava mais de 4 vezes – era enlouquecedor. Após os dois anos, as interrupções do sono noturno diminuíram, mas ainda acontecem. Hoje em dia, elas acordam uma vez por noite, quando muito duas. Se acordam mais do que isto é sinal de que algo não está bem (estão se sentindo mal, estão doentinhas ou tiveram alguma novidade ou agitação muito grande no dia!).

Tem acontecido de elas dormirem a noite toda eventualmente (normalmente uma dorme a noite toda e a outra acorda ao menos uma vez).

Aguardo ansiosamente aquele momento em que toda a família, feliz e saltitante, dorme a noite inteira!

Ah, em tempo, preciso desmistificar uma lenda que espalham por ai: criança cansada demais não dorme bem! As minhas crianças, ao menos, quando estão exaustas em um nível maior do que o normal, têm um sono agitado e ainda mais interrompido, com direito a pesadelos. Portanto, não extrapolar os limites da criança é importante e garante maior saúde ao seu sono.

Além disso, rotina é essencial para os pequenos. Estabelecer uma rotina diária e noturna organizada e previsível, que funcione para a família, ajuda a todos a ter um dia e uma noite melhores! Faz bem, não engorda e é graça. rs

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