Como contei no último post sobre o assunto, o desfralde diurno das meninas já aconteceu lá em casa há um tempo. A única etapa que restava ser vencida era o desfralde noturno.

Venho, com muito orgulho e satisfação, dizer que conseguimos desfraldar Isabela e Laura também à noite.

Esse foi um processo gradativo, lento e nada metódico. Não teve técnica. Não teve segredo. Não teve guia. Aconteceu com o tempo e naturalmente.

Tiramos as fraldas do dia, mas a fralda da noite continuava sendo colocada.

Nossa rotina noturna final inclui a escovação do dente e o xixi. Depois desse último xixi, colocávamos as fraldinhas. Deixávamos as meninas de calcinha até esse momento.

Elas nunca reclamaram de colocar fralda nessa hora, muitas vezes nos pediam. Já era parte da sua rotina.

Acontece que as fraldas estavam sistematicamente amanhecendo secas, mesmo porque Isabela e Laura passaram a acordar a noite pedindo para ir ao banheiro (oh céus!).*

 

Passado algum tempo nesse ritmo, resolvemos não mais colocar as fraldas antes de dormir. E foi uma decisão super acertada.

Não usamos nada além do protetor impermeável para o colchão e quase não tivemos escapes de xixi. Foram bem poucos. O que, convenhamos, fazia parte dos efeitos colaterais do processo e não era razão para regredirmos no nosso esforço, que estava tendo mais resultados positivos do que negativos.

Posso dizer que, aos três anos de idade, as meninas completaram integralmente o seu processo de desfralde, que se iniciou aos dois anos (mais precisamente dois anos e três meses para Laura e dois anos e oito meses para Isabela!).

Esse foi o fim das fraldas na nossa rotina diária!

Ainda temos fraldas em casa para alguma eventualidade.

Consideramos eventualidade, por exemplo, quando a criança dorme na cadeirinha do carro sem ter ido ao banheiro antes; nessa hora, antes de deitá-la na cama, colocamos fraldas por precaução (que sempre acordaram vazias até hoje). Outra situação em que preferimos colocar fraldas é quando estamos em algum compromisso à noite na casa de amigos e as meninas dormem (xixi na cama alheia não é nada legal, então não corremos o risco, mesmo que remoto. rs). Quando as meninas ficam doentinhas, com febre ou algum desconforto que altera muito seu ritmo normal, colocamos fraldas a noite para o caso de aparecer um xixi fora de hora. Por fim, outro momento em que sentimos necessidade de colocar fraldas nas meninas é em viagens, quando as duas saem muito do seu ritmo normal, cansam-se demais ou bebem líquido em excesso, o que pode ser uma combinação bombástica para um xixi gigante na cama (nessa hora, melhor prevenir do que remediar).

Como dá para perceber, não teve neura nem rigidez com relação ao processo de desfralde. Encaramos como um processo natural, guiado pelas crianças. A nós, adultos, coube apenas dar um empurrãzinho quando manifestaram maturidade e vontade.

Percebemos que colocar fralda vez ou outra não significa necessariamente perda de todo o ganho que a criança já experimentou. A fralda pode, sim, ser necessária em alguns momentos, até mesmo para que a criança se sinta tranquila e tenha segurança para seguir em frente no seu ganho de autonomia e controle das funções no dia a dia.

Quando todo o processo acontece de maneira leve, o sucesso é grande e retrocessos quase não acontecem.

Por isso, a dica é: deixa fluir, sem pressão nem pressa.

*Por maior que seja sua vontade de falar para a criança fazer o xixi na fralda nessa hora, resista e leve-a ao banheiro!

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