No último mês, participamos do workshop “Como falar para o seu filho ouvir e como ouvir para o seu filho falar” com Cristina Rafaela e Iuri Storch em Brasília.
Foi uma experiência enriquecedora que provocou muitas reflexões!
O workshop reúne de maneira leve e acessível marcos teóricos da Disciplina Positiva, da Criação com Apego, da Comunicação não Violenta e até mesmo da Terapia Sistêmica.
Enaltece a necessidade de desenvolvermos compreensão nas relações, sobretudo nas relações com os filhos, para construirmos um convívio mais respeitoso e um ambiente familiar mais equilibrado e colaborativo.
Uma mensagem que me tocou de início foi a importância de aceitarmos a vida e seus momentos, de fazermos a pazes com o passado, vendo-o como o melhor e o possível para nós naquele momento. Nesse contexto, pedir licença aos nossos pais para fazermos diferentes com nossos filhos naquilo que acreditamos que precisamos fazer.
Nesse caminho, ao lidarmos com os nossos sentimentos e dificuldades, ajudamos nossos filhos a identificar e melhor lidar com as suas próprias emoções e sentimentos, o que representa um ganho enorme para todos.
De fato, é muito importante acolher os sentimentos das crianças, ajudá-las a nomeá-los e legitimar suas experiências antes de disciplinar, para estabelecer conexão, um ambiente colaborativo e mais receptivo aos limites e regras que consideramos relevantes. Prática difícil, pois a reação automática muitas vezes é negar os sentimentos dos filhos nas menores coisas (desde dizer que o ralado no joelho não está doendo e não precisam chorar por isso, a falar que não podem pensar ou sentir aquilo que nos desagrada de alguma forma).
Conversar com as crianças é fundamental e ali aprendemos e praticamos um passo a passo para essa conversa, seguindo muito da linha da comunicação não violenta! Uma conversa que deve preferencialmente começar pela descrição da situação sem julgamentos (I), repetição dessa situação para ajudar a criança a processá-la (II), tudo com poucas palavras (III) e tratando dos nossos sentimentos enquanto pais/mães (IV).
É importante ouvir com atenção o que as crianças querem dividir, freando o impulso de perguntar ou oferecer soluções a todo momento. Muitas vezes precisamos entrar no nível da fantasia junto com as crianças, para criar essa ponte para a comunicação. Outro tema central foi o caráter limitador e prejudicial dos rótulos para as crianças. Rótulos criam nas crianças uma autoimagem negativa e nosso papel enquanto pais/mães é justamente transmitir aos filhos imagens positivas e construtivas a repeito deles próprios, instigando-os ao crescimento. Devemos dar reforços positivos, modelar os comportamentos que gostaríamos de ver ao invés de reforçar apenas as atitudes negativas. Todo esforço para libertar as crianças de rótulos é válido!Esses foram alguns dos temas mais sensíveis trabalhados ao longo do dia. Tudo feito de uma maneira lúdica, prática, respeitosa e receptiva às particularidades de cada participantes. Trocamos experiências, dividimos angústias e aumentamos nosso instrumental para lidar com os desafios de cada dia a criação dos filhos.
É uma experiência que vale para todos aqueles que buscam uma maneira mais saudável e próxima de criar os filhos e que tem curiosidade de entrar em contato com conceitos básicos da DP e CNV principalmente.
Registro aqui meus sinceros agradecimentos aos instrutores, pela oportunidade de dividir seus conhecimentos e por nos permitir esse espaço de debate, autoanálise e crescimento no caminho de uma parentalidade mais consciente e empática. Gratidão!
Que máximo! Já li o livro e gostei muito! Legal saber que o workshop também é enriquecedor!
Adorei! Vem conhecer nosso blog, tenho certeza que vai gostar também!
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O Workshop foi muito bacana. Vale a pena para ter contato inicial c esses conceitos! E já estou indo conhece o blog. Obrigada pela mensagem. Abraço
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