10 Dicas para Viajar com Filhos sem Franquia de Bagagem

A alteração das regras das companhias aéreas no sentido de cobrar bagagens despachadas me atingiu em cheio. Quase como um soco no estômago! Ok, aumentaram o limite da bagagem de mão para 10kg, em regra, favorecendo aqueles passageiros que viajam sem ou com pouca bagagem. Resumindo: passageiros sem filhos!rs

“Como vou viajar com as meninas de agora em diante!?”, foi minha pergunta imediata. Resposta mental: “Pagando pelas passagens (caríssimas, diga-se de passagem) e também pela bagagem, gata. Se não tem dinheiro não saia de casa”. rs

Como nossas últimas viagens haviam sido organizadas com antecedência, ainda não havíamos caído na regra nova e ainda tínhamos direito a bagagens despachadas.

Eis que compramos uma passagem na nova regra tarifária e ela veio junto com uma nova preocupação: fazer caber a bagagem de dois adultos e duas crianças para sete dias na praia em quatro malas de mão (=40kg).

Depois de bater cabeça com isso, desisti e resolvi comprar ao menos uma mala despachada para colocar a bagagem da Isabela e da Laura e alguns itens mais chatos de levar na mão. Não pagar a bagagem estava sendo uma verdadeira questão de honra, mas, depois de um pouco pensar, eu desisti da honra e resolvi prezar pela minha sanidade e pela minha coluna.

Agora éramos dois adultos e duas crianças de três anos com quatro malas de mão e uma mala despachada (=63kg). O cenário melhorou um pouco, mas ainda estava longe do ideal.

Minha cultura nunca foi viajar com pouca coisa. Sempre fiz o tipo que leva casaco para praia porque “vai que esfria”; biquíni no inverno porque “vai que a piscina é aquecida”; e por ai sucessivamente…

A mala da Isabela e da Laura, então, vai com todos os itens para todas as espécies de situações emergenciais ou não… o suficiente para sobreviver um mês sem lavar roupas e continuar na moda (tá, exagerei um pouco).

Então lá fui eu encarar o novo desafio, que me rendeu algumas lições:

  1. Arrume as malas com antecedência: eu sempre arrumo minha mala e a das meninas com antecedência para evitar esquecer coisas essenciais. Dessa vez, comecei ainda mais tempo antes e foi ótimo. Foi possível separar tudo o que precisaríamos e ainda revisar a lista para cortar os excessos (umas 3x).
  2. Não leve mais roupas do que a quantidade de dias pede: dessa vez, tive que reduzir a quantidade de roupas obedecendo à quantidade de dias. Na minha mala, levei apenas um look para cada dia, fora roupas de banho. Na mala das meninas, levei dois conjuntos de roupa por dia de viagem, considerando que crianças estão mais suscetíveis a acidentes com perda total do vestuário. A ideia era: faltou, lavou. E deu certo! Não morremos por isso (tive que lavar apenas algumas peças porque as meninas se sujaram além da conta)!Viagem sem franquia1
  3. Coloque na necessaire frascos pequenos dos produtos: tanto a minha necessaire como a das meninas foram com pequenas porções dos produtos que precisaríamos ao longo da viagem… do shampoo aos cremes e remédios. Isso fez uma diferença enorme porque a maior parte do peso da mala antes era de vidros grandes desse tipo de produto.
  4. Desapegue da moda e se apegue à utilidade: optei por itens coringas, no formato, tamanho e nas cores, que permitissem mais combinações e diferentes usos. Assim, consegui reduzir consideravelmente a quantidade de peças. O mesmo para os sapatos, que foram em cores mais neutras para combinar mais facilmente, bem como para os acessórios. Deixei algumas coisas que gostaria de ter levado para trás com aperto no coração; depois, percebi que, de fato, não fizeram a mínima falta. Ah, sabe aquela roupa linda que está no armário há tempos e nunca foi usada: deixe-a em casa, certamente não é agora que ela entrará em uso.
  5. Prefira tecidos leves e que não amassem fácil: como a mala vai mais apertadinha e no limite, o melhor é escolher peças mais leves, que ocupem menos espaço. Se forem de tecidos que não amarrotam tanto, melhor ainda.
  6. Casaco na mão: se não estiver viajando para um local frio e for bastante um único casaco para a temporada, levo-o na mão porque já terá utilidade no avião e é menos peso na mala.
  7. Pese as malas: como as regras estão mais rigorosas, pesamos as nossas malas de bordo e a mala despachada para não correr nenhum risco de ter alguma bagagem cobrada de última hora no balcão (uma facada!)
    Viagem sem franquia2.jpg
  8. Obedeça as dimensões de bagagem informadas pela companhia aérea: pela mesma razão, obedecemos estritamente as regras Viagem sem franquia3.jpgde bagagem exigidas pela companhia, sobretudo para as malas de mão. Você pode até passar pelo raio X,
    mas se, na hora do embarque, a mala estiver fora das especificações, o atendente, de modo simpático, vai despachar sua mala e arrancar seu dinheiro (no nosso vôo de volta, mesmo as malas de mão estando dentro das regras, a atendente nos ofereceu a opção de despachá-la sem custos porque o vôo estava vazio; mas é melhor não contar com essa sorte).
  9. Atente-se às regras para despacho do carrinho de bebê: se pretende levar carrinho de bebê, consulte as regras da sua tarifa na companhia aérea escolhida para saber se se trata de bagagem que pode ser despachada sem custo ou se é cobrada. De um ou outro modo, ainda é possível fazer o despacho do carrinho na porta da aeronave, mas as companhias estão mais rigorosas com a exigência de etiquetar o carrinho justamente para garantir a observância das regras da tarifa do passageiro.
  10. Coloque objetos mais pesados na bolsa pessoal: objetos como câmera fotográfica, notebook, ficam melhor na bolsa pessoal, que é um item além da bagagem de mão que pode ser levada a bordo e não costuma ser tão fiscalizado.

Fazer as malas dessa vez foi uma experiência nova; um primeiro passo para uma mudança da cultura de viajar com coisas em excesso e voltar com a maior parte delas sem uso. A restrição de bagagem nos forçou a escolher de modo mais inteligente e utilitário o que levar e resultou em uma viagem mais leve.

Ainda não me conformo muito com essa realidade porque, diferentemente do que foi prometido, as passagens não caíram de preço e nos impuseram um novo custo com as bagagens, mas é preciso tirar as vantagens das experiências e, definitivamente, viajar com menos bagagem foi desafiador e enriquecedor para todos nós!

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