Educando filhos em tempos de crise hídrica

Ontem, 22 de março, foi Dia Mundial da Água. Lembrar dessa data, em especial depois dos tempos de racionamento e corte que temos vivido, significa reforçar a educação para o uso consciente e racional desse recurso natural tão essencial.

Criar e educar os filhos nesses tempos nos impõe a importante missão de formar indivíduos conscientes sobre o papel fundamental da natureza para nossa existência e a urgência de desenvolvermos hábitos mais ecológicos e sustentáveis. Na verdade, isso sempre foi fundamental, viver em harmonia e em equilíbrio com a natureza, mas foi preciso chegar em uma situação extrema de escassez como a presente para percebermos a gravidade e a extensão dos nossos excessos e desperdícios.

Se passarmos valores e hábitos mais respeitosos e sustentáveis para nossos pequenos desde a primeira idade, talvez seja possível construir um mundo mais equilibrado amanhã. Quem sabe…

Aquele uso indiscriminado e nada refletido que muitas vezes fizemos da água na nossa infância não tem mais lugar hoje:

– Nada de perpetuar a cultura de banhos longos e demorados com a água escorrendo ralo abaixo: usar a banheira pode ser uma forma mais ecológica de garantir um banho gostoso, demorado e também divertido para as crianças.

– Banhos de mangueira sem fim não tem mais lugar (infelizmente): vez ou outra, uma brincadeira inocente (e curta) com a mangueira pode acontecer, mas ficar horas e horas nisso não dá. Que tal trocar por guerra de balões de água? É diversão aliada ao uso controlado da água.

– Brincar de lavar as louças ou a roupa é legal, mas feche a torneira: usar uma bacia com água pode ser uma forma de manter a brincadeira e inserção da crianças nas tarefas da casa sem desperdícios.

– Reaproveitar água da máquina de lavar para limpeza da casa ou descarga é uma ideia interessante que pode se tornar divertida dependendo da nossa criatividade.

– Varrer a varanda/quintal ao invés de lavar com mangueira pode ser ótimo passatempo.