“Alike” é um curtametragem genial que nos mostra, em menos de 8 minutos, como, dia após dia, podemos minar a criatividade, a curiosidade e até mesmo a alegria de viver das crianças no esforço de enquadrá-las na roda viva de responsabilidades que, em tese, preparam-nas para o mundo adulto.
O filme traz à tona a discussão sobre a educação formal e seu modelo padronizado de ensino que, em muitos casos, pode ignorar os interesses, talentos, particularidades e individualidades de cada um desses serzinhos pequenos e únicos.
Assistir ao filme despertou ainda mais essa preocupação que temos com Isabela e Laura. As duas ainda não vão à escolinha. Decidimos esperar o máximo de tempo possível para “institucionalizá-las” justamente para evitar apressar etapas e processos de ensino que coloquem sobre as duas pressões e responsabilidades que não sejam próprias da idade e que tolham sua liberdade de brincar em nome da preparação para um suposto futuro promissor.
Em breve, elas estarão freqüentando alguma instituição de ensino infantil e essa escolha é um desafio para nós. Não nos agrada, para a primeira infância, uma proposta de cuidado e ensino infantil demasiadamente fechada e tradicional, focada em sala de aula, alfabetização precoce, tarefas de casa e afins. Gostaríamos de garantir às meninas, nesse primeiro momento, uma infância livre, solta, sem preocupações a não ser brincar, experimentar e desbravar o mundo a sua volta.
Temos a vida toda para viver as responsabilidades do mundo adulto e tão pouco tempo para ser criança e viver as belezas desse fase única e passageira…
O que ganhamos ao acelerar ou pular essas etapas?
Fica o chamado à reflexão (sem qualquer pretensão de ter razão)!