Não tivemos ajuda externa nos primeiros meses das meninas em casa.
Nossa rede de apoio era composta por pessoas da minha família e da família do meu marido; foram elas que nos deram o suporte no início. Confesso que a corda apertou um pouquinho em alguns momentos. Eu me senti sobrecarregada certas horas e começou a me desagradar interferir tanto na vida das pessoas próximas, principalmente quando rolava algum imprevisto e era preciso tirar mãe, sogra, irmã, irmão, cunhada, do que estavam fazendo para nos acudir.
Por isso, lá pelo terceiro mês da Isabela e da Laura optamos por contratar uma pessoa para ajudar nas tarefas diárias das meninas.
Inicialmente, contratamos uma enfermeira. Quando estava próximo o meu retorno ao trabalho, a necessidade de ter alguém fixo para cuidar das meninas todos os dias da semana ficou mais urgente. Precisamos, então, selecionar e contratar uma babá.
Entrevistamos várias pessoas até chegar àquela que consideramos ter condições de ocupar a vaga.
Na entrevista, procurava colher as informações que considerava essenciais e esclarecer as nossas necessidades, seguindo um pouco desse roteiro:
- Documentos e referências
- Experiência anterior com bebês
- Experiência profissional
- Motivo da saída do último emprego
- Perfil necessário para o trabalho
- Exigências do emprego
- Proposta de salário, dias de trabalho e folgas
- Exigências de pontualidade e horário
- Disponibilidade para dormir eventualmente
- Cuidados no uso do celular
- Rotina a ser obedecida com as meninas
- Regras gerais da casa
Terminada a entrevista, procurava checar a referência fornecida.
Essa parte é realmente importante! Já contratei funcionária para trabalhar em casa sem checar outras referências, só me contentando com a indicação recebida. Foi um arrependimento: se tivesse checado a referência antes de contratá-la, teria me poupado de dores de cabeça.
Essa é também uma boa oportunidade para saber como a pessoa se comportou no emprego anterior, checar o motivo da saída e conhecer um pouco mais sobre seu perfil na prática.
Depois dessas etapas, é selecionar a candidata que melhor se encaixa no perfil.
É preciso muita paciência e determinação.
As primeiras candidatas à vaga podem não se aproximar do ideal que procuramos, mas vai surgir alguém que cumpra as exigências e que cuidará com carinho das crianças na sua ausência!
Selecionada a pessoa, é bom esclarecer desde o início todas exigências e condições do trabalho, acertar horários e folgas, acompanhar de perto os primeiros dias para ajudar na adaptação do bebê à nova pessoa e explicar como quer que as coisas sejam feitas.
Eu optei por fazer uma carta para a babá, explicando com detalhes tudo o que eu precisava que fosse feito naquele momento. Isso não evitou que eu tivesse que explicar algumas vezes como deveria ser o cuidado com as meninas, mas ajudou a dar um norte para o início do nosso relacionamento.
O melhor é combinar um período de experiência que sirva para conhecer as habilidades e competências do profissional que está contratando e se certificar da sua capacidade para a função. Podemos não acertar de primeira, mas uma hora dá certo.
Ninguém vai fazer as coisas exatamente como fazemos, mas pode atender perfeitamente as necessidades das crianças, dos pais e da casa. Como dizem por ai, “feito é melhor que perfeito”. O essencial mesmo é que tenha atenção, carinho, cuidado e asseio com o bebê, o restante vamos moldando com o tempo.
E dá certo!