Você brincou com seu filho hoje?

Esse final de semana perdemos um amigo de uma maneira muito súbita. Uma pessoa querida, simpática, de sorriso fácil, carinhosa. Foi das primeiras pessoas a nos visitar depois que as meninas nasceram e a nos retribuir a amizade em um momento delicado das nossas vidas.

Em um dia ele estava aqui, no outro não estava mais…

Essas surpresas que a vida nos prega trazem junto muita reflexão.

Impossível não pensar sobre quanto tempo ainda perdemos com coisas pequenas e sem valor. Sobre a dificuldade de demonstrar nossos sentimentos para as pessoas que amamos da forma e com a frequência ideal. Sobre o costume de deixar para depois coisas que deveríamos fazer agora. Sobre o equívoco de priorizar o que pode ser adiado. Sobre o rigor de opiniões e condutas que nos levam do nada a lugar algum.

É uma confusão de valores, atitudes, sentimentos, prioridades… é uma bagunça interna que muitas vezes levamos uma vida para organizar, mas que impacta no nosso dia hoje e mostra o quão distante pode estar a vida que levamos daquela que realmente gostaríamos de levar.

Depois dos filhos, esses pensamentos parecem ainda mais impactantes. Porque as consequências das nossas atitudes e escolhas não refletem apenas em nós mesmos, mas transbordam para a vida desses inocentes que têm em nós seus pilares e seus referenciais.

No convívio com as crianças, é fácil perceber como elas são inteiras, intensas e gratas em absolutamente tudo o que fazem. Em cada descoberta e experiência, elas estão presentes de corpo e alma, doam-se por completo e vivem profundamente as emoções. Elas não estão ali com a cabeça e os pensamentos em outro lugar; elas apenas são e estão no momento presente.

Temos que (re)aprender com elas!

Precisamos voltar à intensidade das emoções, demonstrar os sentimentos para as pessoas sem medo dos julgamentos, estar presentes por inteiro hoje e deixar o amanhã para quando ele chegar. É preciso valorizar mais as pessoas do que as coisas, fazer mais do que planejar, calar mais do que falar, sentir mais do que pensar…

Especificamente no relacionamento com nossos filhos, é urgente desacelerar, diminuir o ritmo, curtir no tempo deles (nosso tempo é, definitivamente, rápido demais e perde a essência). Para nos conectarmos com os pequenos de maneira verdadeira, precisamos nos desconectar das preocupações, planos, pressa, coisas por fazer, contas a pagar. Precisamos estar presentes de verdade, por inteiro, sem encenação; só assim seremos capazes de fato de uma conversa olhando no olho, de curtir o tempo juntos, entender suas necessidades e criar um vínculo honesto e sincero.

E precisamos fazer tudo isso hoje. O amanhã não nos pertence e pode nem chegar…

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