Quando o assunto é posição para amamentar, posso dizer que testamos quase todas.
Já contei aqui que o início da amamentação das meninas foi bastante desafiador. Uma das maiores dificuldades era justamente a posição para amamentá-las, considerando que eram duas bebês e prematuras.
Testamos, ainda na UTI Neonatal, a posição de cavaleiro, mas não funcionou bem: elas eram muito pequenas, muito molinhas e eu fiquei muito insegura de não segurá-las da maneira correta e acabar forçando em excesso a coluna.
A posição tradicional, barriga com barriga, também não funcionou muito no início: as meninas se enterravam nos meus braços e eu não conseguia garantir a posição firme e a pega correta.
O que funcionou conosco nesse início foi a posição invertida. É uma posição difícil, porque requer certo preparo. Não é em qualquer lugar que você consegue amamentar assim; eu precisava de um bom apoio e de uma coleção de travesseiros para me apoiar e apoiar as meninas. Mas, mesmo diante de toda essa dificuldade, foi assim que eu consegui amamentar Isabela e Laura por muito tempo.
Essa era a posição ideal também para amamentar as duas ao mesmo tempo. Eu sempre preferi dar de mama para uma de cada vez, mas as vezes era necessário amamentá-las simultaneamente e o mais confortável para mim e para elas era a posição invertida.
Depois que Isabela e Laura estavam um pouco maiores e com o corpinho mais firme, passei a amamentá-las na posição tradicional, barriga com barriga. Nesse ponto, a amamentação já estava estabelecida, a pega era bem certinha e eu estava mais segura no assunto. É nessa posição tradicional que amamento as meninas até hoje, até porque, nas demais posições, elas simplesmente não cabem mais. rs
Hoje em dia, as meninas têm criado suas posições próprias para mamar também. De cabeça para baixo, com as pernas para cima, virando o rosto para um lado e para o outro, em pé, sentada… é caos. Até tento colocar ordem no coreto, mas, normalmente, perco a luta.
As vezes, quando ainda preciso dar de mama para as duas ao mesmo tempo (normalmente quando elas fazem a maior crise de choro por querer mamar ao mesmo tempo), ainda as coloco na posição invertida, mas confesso que não é confortável nem para mim nem para elas.
Uma das minhas melhores descobertas nesse um ano e oito meses de amamentação foi amamentar deitada. No início, eu tinha receio de machucá-las ou sufocá-las. Depois que adquiri mais segurança, virava e mexia lá estávamos nós, deitadonas na cama na hora de amamentar. É um alívio, para as costas, para os braços e para o corpo. Quando você encontra a melhor posição para isso, percebe que o bebê fica confortável e que você também fica bem relaxada, o que pode render uns cochilos a mais. Super recomendo!
Outra coisa bem bacana é investir em uma boa almofada de amamentação. Ela pode ajudar bastante nessa missão, reduzindo alguns desconfortos.
No caso de gêmeos, existem almofadas de amamentação específicas. Nós não adquirimos uma, o que foi uma bola fora. Acredito que poderia ter economizado muita dor no braço e nas costas se estivesse com o “equipamento” correto para amamentar Isabela e Laura. Mas a coisa funcionou e funciona bem, independente disso…
Variar as posições é bom para dar uma folga para algumas partes do corpo, especialmente no início de vida do bebê, quando passamos quase todo o tempo dando de mamar. A descoberta da melhor forma e jeito de amamentar o bebê é pessoal: cada mãe vai construindo sua rotina e identificando o que funciona ou não para ela e para o bebê… como acontece com quase tudo nesse mundo materno!