Impressionante como o assunto “cocô” se torna corriqueiro quando se tem filhos. Nunca falei tanto sobre esse elemento em toda minha vida como falo depois que as meninas nasceram.
No início, era muito cocô, de cores e consistências variadas. Toda troca de fralda tinha uma surpresinha; se a troca de fralda demorasse um pouco mais, a surpresinha vazava e lambuzava qualquer coisa que chegasse perto, inclusive eu mesma. A sorte é que o cheiro ainda era neutro, nem bom nem ruim. Mas ainda assim era cocô.
Passados alguns meses, veio a falta de cocô. As meninas sofreram com prisão de ventre. Eu e o pai sofremos junto com elas. Chegaram a ser sete dias sem um mísero cocozinho na fralda. Nada. Neca. Zero. Pense no desespero! Como pode um ser vivo que mama o dia inteirinho, várias vezes no dia, na noite e na madrugada, simplesmente não fazer cocô dias a fio?!
O pediatra tentava nos tranquilizar. Dizia ser normal, para não nos desesperamos. Tudo em vão. Eu não conseguia esconder minha ansiedade a cada troca de fralda e muito menos minha decepção diante de uma fralda apenas com xixi. A melhor parte era a comemoração quando o cocô vinha depois de uns dias desaparecido. Era festa… com direito a foto para o grupo da família.
Passada essa fase meio turbulenta, o cocô deu uma regularizada.
Ai veio a introdução alimentar e a aventura começou novamente. Tinha dias de muito cocô, dias sem cocô, dias de cocô médio. A consistência, a cor e a forma passaram a variar muito mais também. O cheiro então… Meu Deus! Como podem crianças tão fofas fazerem um cocô tão fedido?!
Passamos a ter que nos atentar para o que as meninas comiam, se algo mais laxante ou constipante, para equilibrar a alimentação e, por consequência, o cocô. Era o início da arte de administrar o cocô…
Hoje em dia, mesmo as meninas já com mais de um ano, é normal e diário meu diálogo com a babá: “Oi, tudo bem por ai? As meninas estão bem? Fizeram cocô? Ah, que bom. E tava normal?”
Se alguém me contasse que seria assim eu não ia acreditar: Credo, trocar fraldas de cocô sem fim e ainda ficar falando sobre isso?! Que nojo”. É, querida, o mundo dá voltas… muitas voltas…